sexta-feira, 11 de maio de 2018

O disjuntor

Existem momentos em nossas vidas em que a tristeza chega e tenta morar em nós. E uma das coisas que me causou enorme tristeza foi a capacidade de um vizinho, em quebrar o disjuntor aqui de casa. Apenas por ter visto nossas luzes acesas e alguns carros no quintal e talvez, imaginando risos alucinantes, pegou um pedaço de caibro e com toda força de um coração sem noção, destruiu um disjuntor que custa quase 300 reais numa noite, véspera de feriado, quando a dificuldade, em encontrar um eletricista é quase ínfima. A sorte é que Deus não dorme e conseguimos falar com o eletricista que prontamente, restituiu a claridade. Passado o susto, fica a tristeza em perceber que nas horas em que relaxamos e tentamos viver um pouco da felicidade, tem gente que tem ódio dessa energia e não se sente bem. Essa situação me deixou angustiada. Como entender pessoas que não olham pro alto, observando o sol, a lua, as estrelas, a natureza em geral e agridem o que quer  que encontrem pela frente? Como se sentir insensível ao som de uma boa música? Ao ler uma boa poesia? Assistir um bom filme? Sinto pena dessa falta de senso emocional.
Por que alguém deseja a escuridão para o outro? Qual a graça em ver alguém tropeçando na escuridão?
Ao procurar os pais desse vizinho e relatar a má ação do filho deles, fui chamada de mentirosa. A gente pega a pessoa detonando as nossas coisas e ainda devemos fotografar para provar. E talvez, se fotografasse, iam achar que era montagem. O rapaz é esquizofrênico, faz diversos tratamentos e ainda assim, os pais o consideram normal e um santo: "meu filho não faria uma coisa dessas".














sexta-feira, 30 de março de 2018

Sexta feira Santa


Sexta feira Santa é um dia para se pensar na vida de forma mais responsável. Nesse dia, há muito tempo atrás, um homem foi crucificado e torturado para que tivéssemos vida eterna. Jesus sofreu tudo o que tinha de pior nesse mundo por nossa causa. Tem gente que crê nisso, tem gente que não crê e tem gente que nem sabe quem foi Cristo. Eu acredito piamente e amo esse Jesus querido!

Como toda sexta feira da Paixão, eu gosto de ficar quieta no meu canto, pensando na vida, nos meus propósitos e sonhos e pedindo perdão a Deus e agradecendo por tudo que tenho e sou.
Mas como a vida é cheia de surpresas e não podemos prever os acontecimentos, recebemos um delicado convite de um amigo para ir tomar um café com ele e a esposa.
Fomos, mesmo sem saber como chegar até lá. Perguntando a um e outro, percorremos caminhos solitários, coberto de árvores e pela poeira do caminho. Depois de algum tempo, chegamos. Um lugar com cara de entrada de paraíso. Uma natureza gostosa de se ver, pessoas com semblantes positivos e leves, alegres e dispostas a uma vida saudável e feliz.
Egvaldo e Conceição e seus convidados, nos receberam com tamanha gentileza e delicadeza que nos fez a todos um bem enorme numa sexta feira da Paixão diferente e fraterna. Onde o pão e o bolo foi repartido entre todos, acompanhado por um café saboroso num bule de ágate azul/futuro, cheio de charme. Nosso anfitrião exibia uma alegria de menino e sua esposa, como uma flor, dessas que fazem a diferença num jardim florido, nos deu o seu abraço jovial e fértil de carinho e paz.
Foi um dia cheio de harmonia.
Obrigada, Egvaldo e Conceição!

segunda-feira, 12 de março de 2018

Pessoas e pessoas...



Quanto tempo temos para viver? Quanto tempo para resgatar sentimentos bons e nobres, que foram afetados pela ação do tempo? O que podemos e devemos fazer para sermos mais simples, mais amigos, mais presentes na vida das pessoas que prezamos e amamos...O tempo não é amigo de quem brinca com ele. As nossas escolhas são de grande responsabilidade. Como ser coerente, sincero e transformar dificuldades em soluções, sem magoar ninguém e sem modificar a nossa essência? Como saber para quem abrir nosso coração?
Perguntas e respostas que não ficam no vácuo, têm que ser respondidas...

sábado, 18 de novembro de 2017

Amizade


Acredito em verdadeiros amigos. Apesar de tantas decepções, eu ainda acredito. 
Outra dia, estava pensando em como as amizades verdadeiras deveriam ser. 
Minha cachorrinha Filomena, me mostrou o que é uma grande amizade. Ela deitou ao meu lado, viu que eu não estava bem e sem mais nem menos olhou pra mim durante um bom tempo, sem fazer outro gesto. Depois, abaixou a cabeça e encostou a cabeça no meu braço. Era como se ela estivesse me perguntando, o porque de eu não estar bem, se ela estava ali do meu lado, sendo amiga e disposta a brincar comigo a um simples aceno meu?
Essa cena sempre aparece na minha frente, quando fico triste ou preocupada com algo que não depende só de mim. Passei a ter consciência de uma vida mais presente com quem está no momento, perto de mim. Tive receio de um dia, não mais ter essa amiguinha do lado e me arrepender por não ter dado a atenção devida. 
Voltando aos seres humanos, sei que no mundo de hoje, com tantos amigos virtuais e fakes, não sobra tempo para os amigos presenciais. Porém, causa-me certo pavor, saber que gente distante não pode segurar o nosso braço nem nos dar a mão para atravessar a rua. 
Minha amiga está perto de mim enquanto escrevo o texto. Afinal, amiga de verdade, se envolve em tudo! Mesmo quando a gente não quer. 
Filó é uma dessas criaturas do bem que aparecem em nossa vida quando o céu fica mais do que nublado. Obrigada, amiga!

Filomena (Poodle) e Pirata, nosso amigo especial que morre de medo de trovões e fogos
(Essa é uma foto antiga, do começo do ano. Tentei tirar uma agora mas ela não parou sossegada, é uma perua!)


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Quando cismo de mudar o rumo da minha vida...


Sou muito paciente com meus problemas, digamos que procrastino muito comigo mesma. Não me dou atenção devida, vivo como se fosse viver eternamente. Muitos me acham meio bicho grilo, feliz demais e positiva nos momentos mais difíceis.
Não sou alarmista, tento entender muito o problema antes de explodir. Talvez, por causa disso, as tempestades que provoco, são muito assustadoras. Como pode uma nuvem tão pequena, chover tanto e tão forte?
É, eu sou devastadora quando resolvo tomar atitudes na vida. Devastadora sem arrancar uma árvore, sem violência física ou mental. Apenas saio de cena, sem rastros e sem palavras, para sempre. 
Para alguns, é como se fosse uma catástrofe, para outros, uma decepção. Mas, ninguém, é capaz de parar e pensar, na quantidade de tempo que eu disponibilizei, aturando, ouvindo e até aconselhando cada um deles. 
Gente tem tempo de validade e precisa viver bem para durar bastante e eu comecei a observar isso com mais respeito. Depois que você envelhece, as coisas ficam mais difíceis. Se tiver saúde, tudo bem, se não tiver, acabou. Logo, ter uma sólida qualidade de vida é fundamental, espírito livre e mente positiva, fazem a diferença para um tempo melhor.
Tenho procurado viver mais envolvida com a natureza e tentado conviver com pessoas que tragam mais vida pra minha vida!



segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Detox de Redes Sociais



(Foto de Francesca Woodman)


Um dia, você acorda e descobre que os seus milhões de amigos nem te conhecem! (MB)


É um choque. Aquela amiga maravilhosa, que sempre te elogia, diz que você é o máximo, que sabe tudo o que você conta nas Redes, não tem noção que a sua cor preferida não é o branco, que você não toma café há mais de dez anos, que você não tem filhos, que você vive na ponte aérea Brasil-Londres desde que se entende por gente, que seu chá preferido é o de camomila e o mais importante: seu nome não é Noêmia e que o seu cabelo não é vermelho. Não tem como saber, não é sua amiga de verdade, não come feijão e arroz na sua mesa, não sabe o tamanho das suas contas e nem imagina os seus roteiros de viagem à Europa.
Partindo do pressuposto que essas informações só estarão disponíveis se você puser nas Redes, conclui-se que, 98% dos seus "amigos" nem sabem quem você é. Aliás, nem sabem que você é gente e não um robô.
Então, o melhor a se fazer é corrigir toda essa desgraça. Primeiro: tirar todo mundo que não sabe de verdade, quem é você; Segundo: Escrever para os que te conhecem, tentando falar sobre algum assunto relevante e descobrir qual o termômetro entre vocês; Terceiro: Só aceitar quem realmente você conheça e tenha afinidades (lembre-se que na época das eleições, determinadas pessoas mostraram que nem deveriam conviver em sociedade e nem mesmo em meio aos loucos do hospício mais derrotado); Quarto: pense bem, vale a pena continuar? Quinta e última (sensata) opção: saia da Rede Social!
Existe vida fora das nuvens!
Olha, tem sol, tem chão, tem praia, flores, pássaros, tem vida aqui fora!

(Mônica Banderas)

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Comparando a engrenagem da vida com a corrente da bicicleta







Quando a situação de alguém começa a ficar estranha, pode-se observar uma coisa e é batata!
Pessoas que acumulam emoções, objetos ou qualquer outra coisa, que só se enche vai experimentar o gosto amargo do vômito: o organismo tanto físico, quanto mental, vai expelir tudo o que não pode mais ocupar determinado espaço.
Quando observei a engrenagem de uma corrente de bicicleta, comparei ao estilo de vida do ser humano: se em cada espaço, toda vez que a roda girar, não existir um vazio, a corrente não vai levar a bicicleta para frente. A corrente vai soltar e o atraso da chegada ao ponto desejado vai ser enorme. Fora o desgaste físico/emocional. Com a vida da gente é a mesma coisa: se não houver espaço para o perdão diário, o abraço amigo e o óleo da caridade, a pessoa sai do ritmo, perde a caminhada, fica tóxica e intoxica a todos à sua volta.
Quando abrimos lugar para hospedar alegria, amor, paz e esperança, a corrida fica leve, o sono é tranquilo e a dor desaparece. Sentimos aquele vazio bom, aquele, por exemplo, quando conseguimos esvaziar nossa bexiga ou estômago com nossas necessidades fisiológicas.
E devemos sempre estar num ciclo de doação permanente, não nos deixando sufocar por nada. Tudo tem que girar, coisas, sentimentos e gentilezas.
Que a roda esteja sempre na direção certa, as correntes sempre bem dispostas e os espaços prontos: cheios e esvaziados, cheios e esvaziados, cheios e esvaziados...
(Mônica Banderas, texto e foto)

O disjuntor

Existem momentos em nossas vidas em que a tristeza chega e tenta morar em nós. E uma das coisas que me causou enorme tristeza foi a capaci...